Doce Novembro?

Eu me peguei inspirado ultimamente. Aparentemente sem motivo, parecia combustão espontânea. Mas obviamente tinha razão de ser. Inconscientemente eu descobri que ainda temos muitas etapas a percorrer no longo caminho que é nossa relação. Toda a questão física adiada: eu não lembro do seu cheiro, embora ele tenha me agradado no fim do ano. Eu também não sei exatamente que parte do meu antebraço encaixa na sua cintura na hora que eu te abraço, tenho uma vaga lembrança do abraço de despedida que demos. Não sei exatamente como é quando a parte de baixo da palma da minha mão (aquela parte mais fofinha e gordinha no meio da mão) encaixa naquele transição entre o final da sua coxa e o início do bumbum, realizando um carinho indiscreto e prazeroso. Eu não conheço seu beijo, nem o gosto dele. Ainda não sei se prefiro morder o lábio superior ou inferior da sua boca (tenho forte palpite que é o de baixo). Ainda não sei qual a sensação dos meus dedos percorrendo sua nuca e adentrando seus cabelos. É muita coisa para descobrir, muitas possibilidades, dúvidas cruéis por serem tentadores, mas cujos múltiplos caminhos são apenas certezas de felicidade. Poderia passar horas escrevendo sobre cada detalhe que ainda não temos, mas creio que tornaria o texto longo demais e um tanto quanto impróprio.Image

“Que cada dia a mais é um a menos pro encontro acontecer
E eu fico sozinho, esperando por você, meu bem-querer
 
Pois eu, eu só penso em você
Já não sei mais porque
Em ti eu consigo encontrar
Um caminho, um motivo, um lugar
Pra eu poder repousar meu amor”

Tudo a ser descoberto que não escrevi aqui, vou falar ao pé do seu ouvido, silenciosamente, no maior grito do mundo, proferido pelo meu coração, tão alto que só nós dois poderemos escutar. Sintonia, sincronia. Amor.

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